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Mostrando postagens de junho, 2012

''As secas são previsíveis. É uma questão de se prevenir''. Entrevista com Antônio Barbosa

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“É obvio que a existência de quase setecentas mil cisternas no semiárido brasileiro melhorou a condição de vida das famílias, mas estamos falando de um milhão de famílias que continuam desamparadas”, declara o coordenador da ASA. Confira a entrevista. A seca que atinge o semiárido brasileiro é uma das mais intensas dos últimos anos. Embora este seja o clima característico da região, a população do semiárido tem sofrido por conta da falta de infraestruturas hídrica e produtiva para enfrentar esse período de estiagem. Em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone, Antônio Barbosa esclarece que é possível conviver com períodos como esse, mas é preciso “dotar os agricultores de infraestruturas hídricas e produtivas, que os permitam passar pelos períodos de estiagem”. De acordo com Barbosa , a seca causa uma série de implicações aos sertanejos e desestabiliza a economia local e regional. “Muitas famílias que vivem no semiárido têm nos animais uma perspectiva de poupança, ou s...

Entrevista: “Água é direito”

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Antônio Barbosa, coordenador do P1+2, da ASA O Semiárido brasileiro tem vivenciado um momento de forte estiagem. Muitas famílias já estão sem água para garantir a sua alimentação e a alimentação dos seus animais. Além disso, produções estão sendo perdidas por conta da falta de chuvas. O Governo Federal, juntamente com os governos estaduais, lançaram diversas ações emergenciais para tentar minimizar a situação das famílias em todos os estados da região. No entanto, a sociedade civil organizada tem pressionado os governos para uma urgência na efetivação das medidas anunciadas e a garantia da participação nas discussões sobre a seca. Nesta edição de nº 11 do boletim O Canto do Sabiá, iniciamos uma série de entrevistas sobre a seca. Abordando a Convivência com o Semiárido, por acreditarmos que o conjunto de ações emergenciais para esse momento são importantes. Mas que também é responsabilidade do governo, ao longo dos anos, realizar políticas estruturantes de convivênc...

De Dom João VI, em 1816, a Dilma Rousseff, em 2012: Estado, secas e histórias de vidas, mortes e ausências. (I)

Antonio Gomes Barbosa . Sociólogo, coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). “ As secas do extremo norte delatam, impressionadoramente, a nossa imprevidência, embora seja o único fato em nossa vida nacional, ao qual se pode aplicar o princípio da previsão ” (Euclides da Cunha, Cruzadas nos Sertões). No Semiárido, neste ano de 2012, vive-se uma das maiores secas dos últimos 30 anos. Como facilmente será observada, conjunturalmente, esta é a primeira grande seca no país pós-ditadura militar, um desafio ao nosso Estado Democrático de Direitos. Nenhum dos presidentes anteriores: José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique ou Lula, se viram frente a uma seca de tamanha dimensão. Neste contexto se faz necessário aprofundar o tema, entender seus efeitos e intervir em seus desdobramentos. O que comumente se conhece como seca ou estiagem, é um fenômeno natural que ocorre em várias outras regiões do planeta...