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Comentários de ANTÔNIO GOMES BARBOSA. Segundo livro de Nêgo Bispo (2015) - COLONIZAÇÃO, QUILOMBOS, MODOS E SIGNIFICADOS -

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SAUDAÇÕES A BISPO, A MÃE ÁFRICA E AOS POVOS AFRO-PINDORÂMICOS. Salve, Salve! “Colonização, quilombos: modos e significações”, de autoria de Antônio Bispo e de sua ancestralidade, além de um primoroso tratado sobre as relações de poder vivenciadas nos últimos 500 anos entre os povos afro-pindorâmicos (politeístas, negros, índios, pagãos, policultores) e os europeus (brancos, cristão, judeus, monoteístas e monistas), é uma destacada contribuição para a reconstrução da historiografia do Brasil. Partindo de identidades coletivas e modos de ler e interpretar o mundo, Bispo não se limita ao mítico ou ao fato isolado, traz ao debate temas atuais, quase arquetípicos, que se constroem e se legitimam nas inter-relações. Em síntese, analisa o desenvolvimento como ameaça e cobra ações imediatas de reparação aos povos. No campo teórico, esta obra coloca-se em oposição à historiografia positivista, livra-nos dos modelos cartesianos e monótonos das explicações predominantes sobre a subjugação europei...

*PREFÁCIO* - PRIMEIRO LIVRO NÊGO BISPO (2007) - QUILOMBOS, MODOS E SIGNIFICADOS

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Prefaciar Quilombos: Modos e Significados constitui-se tarefa difícil, principalmente porque não se consegue de forma sucinta, prefaciar ideias que apresentam o acúmulo de um povo, de uma raça, de identidades coletivas construídas na diversidade adversa, na resistência, nas festividades, nos terreiros, nas rodas, na roça, na cidade, no campo, na vida, na ancestralidade, e é desta complexidade que este livro trata, portanto, embora pareça paradoxal, aproveito a oportunidade para dialogar com o guerreiro Antonio Bispo dos Santos, como sempre fizemos, ora concordando com suas análises, ora aprendendo com sua sabedoria, ora discordando e/ou procurando entender melhor suas reflexões e afirmativas. O que Bispo apresenta nesta obra, é o que poderíamos chamar de as bases para uma filosofia da sociologia afro-pindorâmica. São embasamentos teóricos e práticos para a compreensão das diversas formas de organização social e significação do universo, durante todo o livro dialoga com várias ideias e ...

A construção social do Nordeste (2013)

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Antônio Barbosa  Centro Sabiá - Barbosa, combate à seca ou convivência com o Semiárido?  Antônio Barbosa - Convivência com o Semiárido com certeza. Primeiro porque seca não se combate, essa é uma discussão já antiga e conviver com a região é a grande saída. A seca é milenar, desde que existe a história do Nordeste, pelo menos quando vai mudando o planeta, você tem seca. E seca você não tem só no Brasil, você tem em vários outros lugares do mundo, inclusive nos Estados Unidos (que este ano vive uma das maiores secas dos últimos 40 anos), na Austrália, na Ásia, na África e também no Brasil. Seca é um fenômeno natural, então, se é da natureza é comum, é aceitável, convive-se com ela, previne-se. Seca deve ser associada, sobretudo, à ideia de convivência com o Semiárido, porque conviver é estocar. E estocar principalmente água e alimentos para os períodos de estiagem.  Centro Sabiá - A gente tem vivido um momento em que se é colocado que é a maior seca dos últimos 30 ou 40 ...

As soluções para o Semiárido precisam partir da realidade local. Entrevista especial com Antônio Barbosa (2020)

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  De acordo com o coordenador do Projeto Daki – Semiárido Vivo, as populações das áreas áridas e semiáridas precisam de políticas estruturantes para sair de vez da situação de fome, pobreza e insegurança alimentar em que se encontram Por:  Patricia Fachin |  04 Setembro 2020 As  regiões áridas e semiáridas da América Latina , como o  Semiárido brasileiro , o  Chaco Trinacional , que abrange áreas da  Argentina ,  Paraguai  e  Bolívia , e o  Corredor Seco , que atravessa a  América Central , passando por sete países, entre eles,  El Salvador ,  Guatemala ,  Honduras  e  Nicarágua , têm em comum, além das características climáticas, o fato de serem abandonadas pelos governos nacionais. Com acesso restrito a recursos e políticas públicas por causa da falta de investimento público, a população que vive nesses territórios enfrenta situações de extrema pobreza e insegurança alimentar. No  Corredor Seco ,...